domingo, 4 de novembro de 2012

TICs

"Isso me dá TIC TIC nervoso
TIC TIC nervoso, TIC TIC nervoso."










    Não, não é sobre o TIC nervoso da música que irei falar. Mas confesso que a primeira vez que lí sobre isso, essa abreviatura, fiquei pensando, "que raios é TICs?". Para economizar seu tempo, caro leitor, colocarei aqui o link da definição que encontrei na WIKIPÉDIA, e se ainda não estiver satisfeito "google it!", ou seja, pesquise no google!
    Pois então, a internet nos tráz essa facilidade. Se há algo que desejamos saber, encontre um computador conectado na web e faça uma rápida pesquisa sobre o assunto. Por exemplo, se me falam a expressão Veni, vidi, vici, e dizem que é de autoria Júlio César, vou na internet buscar informações sobre qual o significado,  contexto que a expressão foi dita, e sobre Júlio César. 
    Outro exemplo, estou em uma aula de física e o professor está falando que o spin é uma propriedade intrínseca do elétron. Fico pensando "o que raios é ser intrínseco? - a matéria já é difícil e o professor vem usar essas palavras estranhas.". Então eu pego o meu smartphone com conexão à web (quem me dera se eu tivesse um - hehehe) e procuro o significado da palavra intrínseco. Fácil não é?
    No meu tempo de escola não era tão fácil assim. Nasci no início da década de 80, e me lembro bem que até meu ensino médio todos os meus trabalhos foram feitos com a ajuda de uma enciclopédia. Vocês se lembram das enciclópédias? Aquelas coleções de livros enormes de capa bonita que eram vendidos na porta de casa? Acho que a maioria das pessoas dessa geração (geração TIC) não sabe o que é isso, possivelmente vão colocar no google para ver a imagem de uma. 
    Se eu quisesse aprender uma palavra nova, não tinha google pra me ajudar. Eu tinha que ir à biblioteca da escola e ler em um dicionário. Por falar em biblioteca será que a geração TIC sabe fazer uma pesquisa em uma? Pegar um assunto, ir no catálogo de livros para tentar achar um que contenha as informações relevantes para a pesquisa? Pois assim eram feitos os meus trabalhos de escola. Na biblioteca! Não era todo mundo que tinha computador, e com internet ainda nem se fala. 
    Lembro quando eu estava no 2º ano do ensino médio os meninos estavam conversando que um deles havia ganhado um computador 486 do padrinho - "UAW! O fulano tem um 486 pra fazer os trabalhos! Que massa véio!". Naquela época um 486 era um super computador . E falei "naquela época" mas isso não faz tanto tempo assim, foi final dos 90. Acontece que eu viví, e vivemos toda essa evolução tecnológica. E o processo foi/é realmente rápido. Do 486 pro processador de 4 núcleos com velocidade de processamento absurda, da biblioteca para as pesquisas no google, do mimeógrafo para a impressora multifuncional foram 10 anos ou nem isso. 
    Foi no 2º ano do ensino médio que fiz meu primeiro trabalho com pesquisa na internet. Foi um trabalho sobre ensaios de mecânica (aplicações da física na mecânica) para o curso técnico de eletrotécnica. Assunto difícil de encontrar exatamente o que precisávamos para o trabalho nos livros. Fui na casa de um primo que tinha um computador com internet, um 486, e busquei sobre ensaios de física no altavista e no yahoo (pois ainda não existia o google), e de lá saiu meu trabalho. Exatamente o que eu precisava, só mandei imprimir e entreguei pro professor com o meu nome. Tirei nota 10 pois estava completo (e lembro que isso me salvou na disciplina hehehe). Nunca foi tão fácil! Claro que hoje em dia não é tão fácil assim. Há tantas fontes, há tantos sites, há a wikipédia. O aluno tem que pesquisar e filtrar as informações que ele precisa, editar e imprimir. E o professor, é claro, tem que pesquisar na internet se o aluno não está plagiando um trabalho pronto.
    Pensando nisso, as coisas estão mais fácil para os alunos. A internet é um mar de informação aonde o aluno se banha em conhecimento. Os trabalhos são, com certeza, melhores que na minha época de escola. Lembro que uma vez fiz um trabalho de geografia sobre o Japão, estava na 7ª série, e as informações foram tiradas de uma enciclopédia. Quanta coisa desatualizada apresentei naquele trabalho! Sobre cultura, arte, costumes e política japonesa. Lembro sobre a parte do teatro japonês onde apresentei coisas medievais como se acontecessem no japão de agora (na verdade o agora era meados dos 90). Hoje em dia sei muito sobre o Japão graças à internet, e dou risada quando lembro daquele trabalho que fiz. Por outro lado, essa evolução tecnológica torna o trabalho dos professores mais difícil. O professor não é mais a principal fonte de saber. Concomitante estão ás mídias com a internet liderando. Não é que o professor tenha perdido a importância, veja bem não estou dizendo isso, mas o professor deve se adaptar à isso. Tem que ter acesso e combinar os saberes para executar suas aulas. Acho que foi isso que o Moreira quiz dizer com professor mediador que comentei no outro post. Cheguei à conclusão que não discordo dele, na verdade eu concordo intrigada.
PS: Após editar e revisar a ortografia descobri que a palavra enciclopédia não está no corretor do blogger. Que bizarro!

2 comentários:

  1. Oi Delilian,

    está excelente a tua postagem sobre o uso da tecnologias! Tu percebes que seria "literalmente" impossível reproduzir em papel o que tu postou? Tu usou gifs animados que na impressão se reduzem a um único frame. O uso do computador e internet não alterou apenas os modos de fazer pesquisa ou a amplitude da informação (conhecimento é uma informação que provocou perturbação, alterando de alguma forma nossas "certezas"), mas possibilitou o desenvolvimento da autoria e edição dos textos, utilizando diferentes mídias e permitindo que estejam disponíveis a outros como fonte de informação.

    Um carinhoso abraço,
    Profa. Nádie

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  2. É, agora que entendi a função do blog. Estou gostando de escrever coisas e publicar aqui. Há coisas legais que leio, ou que penso, que gostaria de compartilhar. O blog é um ótimo meio para isso. É melhor que o Facebook ou qualque outra rede que eu tenha usado. Pois pego um pensamento, ou um tema, e vou desenvolvendo ele. É gostoso fazer isso, mas como aconteceu no outro post eu desviei um pouco da idéia original e acabei não escrevendo algumas coisas que tinha planejado pra essa postagem. Mas achei legal o resultado. =)

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