Saberes Docentes (Tardif, 2011) |
o
livro ele discute os saberes profissionais, saberes disciplinares,
saberes curriculares e os saberes experimentais.
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Um professor deve ter o conhecimento de sua disciplina, matéria e
currículo. Deve entender o processo de ensinar-aprender, e deve
também buscar recursos em suas experiências pessoais e
profissionais.
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Esses saberes é que tornam um professor. E a escola é um palco de
evolução desse professor, que transforma experiência em prática e
as práticas em novas experiências, um eterno aprendiz.
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A interação entre aluno e professor difere um professor de um
simples agente de transferência de conhecimento (unilateral). Os
questionamentos e divergências colaboram transformando e
reestruturando os saberes.
Algumas
palestras da semana acadêmica me fizeram refletir sobre algumas
coisas. Uma delas, a do Prof. Marco Moreira do IF-UFRGS -
Aprendizagem significativa da Física, me intrigou muito com
uma definição sobre o que é ensinar. Na verdade uma negação:
"Ensinar não é transferir conhecimento."
Na
hora que ouvi isso eu discordei, pois não havia escutado a definição
desse termo no início da palestra (que gafe! - isso que dá chegar
atrasada!), mas depois me dei conta que estavamos falando da mesma
coisa com palavras diferentes. O que o Moreira quiz dizer com
transferência de conhecimento é como se o conhecimento estivesse
ali num pacotinho pronto e você simplesmente pegasse ele e colocasse
dentro da cabeça do aluno. Oras uma pessoa que entende um pouquinho
que seja de pedagogia sabe que não funciona assim, ensinar é um
processo muito mais complexo que colocar um pacotinho na cabeça de
um aluno, é necessário todos esses saberes à um professor para que
ele possa ensinar.
Nessa
palestra ele também discute o uso de recursos tecnológicos na sala
de aula, ele é bem radical e desacredita em coisas como quadro-negro
(isso mesmo - Abaixo o quadro-negro!!!), o que também devo discordar
dele mas não cometi a gafe de comentar sobre isso no final . Ele não
defende a substituição do quadro-negro por outro recurso, pelo
contrário, a utilização de slides (power points) são apenas uma
ferramenta de apoio. O professor deve saber usar essas ferramentas.
Ele
também dá uma nova definição ao professor quando o chama de
mediador, eu espero que ele não estivesse se referindo aos
professores, tutores, mediadores dessas faculdades EADs que existem
aos montes por aí. Por que, sério, essas faculdades são aberrações
pedagógicas, existem apenas para dar velocidade ao processo de
colocar profissionais no mercado, e ao meu ver os cursos tecnólogos
e técnicos que tinham essa função. Eu não consigo entender como
um professor(tutor-mediador) consegue avaliar um aluno em nível
acadêmico numa área que não é sua especialidade, seja fazendo o
meio de campo (entre o quê? - o livro e o aluno de certo), pois é
assim que vejo essas EADs, não com bons olhos, pois entendo o
processo de ser professor, os saberes envolvidos, e não é isso que
vejo acontecer nessas faculdades. O que lá acontece é um professor
tutor que faz o acompanhamento da turma desde o primeiro dia de aula
até sua formatura, e as intervenções nas aulas presenciais se
resumem em passar um vídeo institucional, aplicar as avalições
(elaboradas pelo núcleo pedagógico da instituição) e no tempo que
sobra comentar um pouco o livro didático da disciplina e tentar
discutir ou corrigir as questões propostas no livro, muitas vezes
frustadamente por falta de conhecimento sobre o tema.
Mas
enfim, acho que fugi um pouco do foco proposto nessa postagem, falei
sobre saberes, expandi isso para o meu cotidiano, tecnologias e de
brinde uma crítica às EADs. Não era bem isso que eu tinha em mente
quando comecei a escrever, mas foi o que saiu (Blog é legal, eu
posso voltar outra hora e complementar se eu quiser =D).
Uma
pena a palestra não ter sido gravada, senão eu colocava o link do
vídeo para vocês assistirem (e verem a minha gafe discordando do
Moreira). Mas deixo a
página
dele para vocês terem acesso, lá encontrarão artigos sobre
Aprendizagem significativa e também há um bom artigo sobre mapas
conceituais, quem ainda não fez e quer fazer um para aquela
atividade sobre Identidade e Diferença vale a pena ler:
http://www.marcoantoniomoreira.com.br/homepage.html
Oi Delilian,
ResponderExcluirapesar da "gafe" e de acreditar ter fugido do foco, na verdade tu fez associações muito interessantes, conectando os teus conhecimentos prévios, crenças e certezas com o conteúdo da palestra que mobilizou uma reflexão que inclui a EAD. Aproveitando o teu registro e com o intuito de contribuir com a tua reflexão vou deixar algumas perguntas para pensares: será que todos os cursos ofertados na modalidade a distância funcionam desse modo? Será que não estás correndo o risco de nivelar todos por baixo? Na mesma linha, será que o fato de ser presencial é garantia de aprendizagem ou qualidade na formação?
Seguimos...
Um carinhoso abraço,
Profa. Nádie